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Relato do leitor
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(20/Jun) | Adaptação ao meio | ||
Adaptação ao meio
Os animais que existem hoje no planeta são aqueles que se adaptaram às mudanças do meio em que vivem de forma a sobreviverem. Conforme as condições naturais de cada lugar as espécies se adaptaram. Assim criaram defesas contra seus predadores, desenvolveram uma dieta conforme o alimento disponível no local e também adaptaram seus organismos à temperatura necessária. Alguns se adaptaram ao gelo, outros na água, etc. Alguns desenvolveram a visão, outros a audição ou o olfato. Alguns aprenderam a voar, outros aprenderam a nadar e quem não se adaptou não sobreviveu. E mesmo os que se adaptaram dependem de seu habitat natural ou algo próximo para que sobrevivam. Alguns animais aprenderam a interferir na natureza como forma de garantir sua sobrevivência. Construir sua própria moradia com galhos ou barro é uma ação muito sabia (pássaros, por exemplo, fazem isso). Quebrar uma castanha com uma pedra para comer o seu miolo é de certa forma uma sábia ação, é o primeiro passo para a utilização de ferramentas (alguns macacos fazem isso). O homem passou por um período semelhante, nossos ancestrais já utilizavam pedaços de pedra e madeira encontrados na natureza como ferramenta, isso facilita a exploração do meio. Os ancestrais da espécie humana não ficou fora dessa cadeia de adaptação, tivemos de mudar nosso hábito alimentar por mais de uma vez, tivemos mudança em nossa anatomia e em alguns momentos tivemos de mudar toda nossa rotina. Como outros animais, apenas aqueles que a utilizaram os recursos naturais a seu favor sobreviveram. Porém, na espécie humana aconteceu algo mais, aprendemos a interferir na natureza de forma mais autônoma, isso em decorrência da inteligência que desenvolvemos. O que o homem fez foi surpreendente, começamos a imitar a natureza. Se uma pedra esculpida naturalmente era útil para quebrar ou para cortar alimento, agora não precisávamos mais que a natureza esculpisse outra igual, passamos nós mesmos a criar nossas ferramentas e a aperfeiçoa-las conforme nossa necessidade. Estas eram usadas para preparar alimentos, para caçar e para pescar. Com a ajuda das ferramentas amplia-se o aproveitamento dos recursos naturais e as chances de sobrevivência. Para sobreviver o homem desenvolveu, entre outros atributos, a inteligência, outros animais desenvolveram atributos como força, velocidade, espinhos, poder de mudar de cor, veneno, etc. A inteligência auxiliou o homem na sobrevivência, ela substitui os atributos corporais que não foram desenvolvidos. Assim aprendemos a usar, por exemplo, pele de animais para se aquecer, não precisamos desenvolvesse pele e pelos apropriados ao frio intenso, aprendemos a dominar o fogo também, que servia tanto para o aquecimento quanto para a preparação de alimentos. Enquanto muitos animais desenvolveram grandes dentes afiados para cortar alimentos, o homem aprendeu a criar ferramentas para este fim. Durante algum tempo o homem coletava alimentos que a natureza produzia conforme as condições naturais. Após observar as condições necessárias para esta produção, o homem foi capaz de interferir na natureza, reproduzir as condições ideais e produzir seus próprios alimentos. Foi a primeira revolução, a revolução agrícola. O homem é um animal que enxerga menos que muitos animais, tem o olfato menos apurado, a audição menos desenvolvida, mas mesmo assim o homem consegue sobreviver em qualquer lugar do planeta, não está preso em apenas uma região. O homem desenvolveu algo o levou a dominar o planeta, a capacidade cerebral. O homem tem pensamento abstrato, autoconsciência, noção de valor, atribui significado às coisas, se comunica, se expressa muito bem, tem a emoção e a razão. Habita todo o planeta e já vislumbra até o espaço. |
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Como referenciar: "Relato do leitor" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 17/06/2025 às 03:07. Disponível na Internet em http://www.filosofia.com.br/vi_relato.php?id=27