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Provas de concursos e vestibular

 
(26/Set) IF/MT - 2015
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

QUESTÃO 21
Os estudantes de Filosofia deparam, ao se debruçarem sobre a história da filosofia antiga, com o que se convencionou nomear de "passagem do mythos ao logos" ou de "milagre grego", referidos na maioria dos manuais de ensino de filosofia, que têm por base diferentes historiadores da filosofia antiga, tais como, Werner Jaeger, Jean-Pierre Vernant, John Burnet, Georg W. F. Hegel, entre outros. O pressuposto é que houve uma ruptura com a passagem referida e que o "milagre" - possibilitado pela emergência da moeda, da lei escrita, da polis, da democracia, nos espaços geográficos ocupados pelos gregos - é justamente um novo modo de conceber a realidade. Mas, olhando os textos que se situam após a ocorrência dessa passagem ou do "milagre", o que se vê são elementos do mythos presentes em textos situados após a passagem, especialmente nos escritos de Platão.
Considerando o texto acima, assinale a afirmativa correta.
(A) A passagem do mythos ao logos vem se fazendo ao longo do tempo e ainda não se completou.
(B) A ruptura não ocorreu de forma abrupta na Antiguidade.
(C) Não ocorreu tal passagem, de fato.
(D) O mythos ainda impera e o logos é uma ilusão dos historiadores da filosofia.

QUESTÃO 22
"Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos" O enunciado acima é atribuído a
(A) Heráclito de Éfeso.
(B) Tales de Mileto.
(C) Parmênides de Eleia.
(D) Empédocles de Agrigento.

QUESTÃO 23
A diferença entre os sofistas, de um lado, e Sócrates e Platão, de outro, é dada pelo fato de que os sofistas aceitam a validade das opiniões e das percepções sensoriais e trabalham com elas para produzir argumentos de persuasão, enquanto Sócrates e Platão consideram as opiniões e as percepções sensoriais, ou imagens das coisas, como fonte de erro, mentira e falsidade, formas imperfeitas do conhecimento que nunca alcançam a verdade plena da realidade.
(CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1994.)
Com base no texto de Chauí, assinale a afirmativa INCORRETA.
(A) Os sofistas não eram filósofos que lidavam com o conhecimento e a persuasão.
(B) Os sofistas não eram considerados filósofos por Sócrates e Platão, por lançarem mão de formas imperfeitas do conhecimento.
(C) Os sofistas eram filósofos que legitimavam sua ação apoiando-se tanto em opiniões quanto nos sentidos.
(D) Platão e Sócrates confrontaram suas posições com as dos sofistas.

QUESTÃO 24
O que afirma Platão com a teoria das ideias? Resumidamente é que haveria uma realidade fundamental e que esta é composta de ideias ou formas abstratas as quais seriam mais substanciais quando comparadas com a realidade material. Por isso, para Platão, a verdade residiria no mundo ideal, ou formal, e não no mundo material. Daí que todo um esforço deveria ser encetado pelo filósofo, que é alguém que se ocupa com a verdade, no sentido de recusar o corpo e valorizar a alma; dito de outro modo, valorizar o pensamento e os processos relacionados ao intelecto e negar os sentidos.
Com base no exposto acima, assinale a afirmativa correta.
(A) A realidade que chega por meio dos sentidos somente pode ser confiável do ponto de vista cognitivo, se antes passar por uma avaliação intelectual.
(B) Nada chega ao intelecto sem que antes passe pelos sentidos.
(C) Confie nos sentidos somente quando estes contarem com o auxílio do intelecto.
(D) Não confie nos sentidos quando se trata de conhecer, de alcançar a verdade.

QUESTÃO 25
Sobre o epicurismo e o estoicismo, assinale a afirmativa INCORRETA.
(A) A ética epicurista, baseada num princípio hedonista, critica a imoderação dos prazeres corporais.
(B) Ao proporem uma dimensão prática da filosofia, epicuristas e estoicos desconsideram as investigações filosóficas sobre o conhecimento e a natureza.
(C) O ideal moral dos estoicos consiste na apatia.
(D) Apesar das diferenças em suas propostas éticas, epicuristas e estoicos apresentam alguns pontos em comum, como a busca da felicidade, o ideal do sábio e o viver segundo a natureza.

QUESTÃO 26
Assim, pois, a virtude é uma disposição a agir de uma maneira deliberada, que consistindo em uma mediedade relativa a nós, a qual é racionalmente determinada e conforme a determina o homem prudente. Mas é uma mediedade entre dois vícios, um por excesso e o outro por falta; e - é uma mediedade - na medida em que certos vícios estão abaixo e outros acima "do que convém" tanto no domínio das afeições quanto no das ações, enquanto a virtude, por sua vez, descobre e escolhe a posição média.
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco II, 6. Apud FOLSCHEID, D.; WUNENBURGER, J. J. Metodologia Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 2002.)
Conforme o texto de Aristóteles, a virtude consiste em
(A) uma aquisição que está disponível ao homem prudente.
(B) algo que somente se consegue pela educação formal realizada no espaço público.
(C) algo que somente se consegue pela educação realizada no âmbito do espaço privado.
(D) uma aquisição que está disponível para todo homem.

QUESTÃO 27
Texto 1
Mas o ser do qual não é possível pensar nada maior, não pode existir somente na inteligência. Se, pois, existisse apenas na inteligência, poder-se-ia pensar que há outro ser existente também na realidade; e que seria maior. Se, portanto, o ser do qual não é possível pensar nada maior, existisse somente na inteligência, esse mesmo ser, do qual não se pode pensar nada maior, tornar-se-ia o ser do qual é possível, ao contrário, pensar algo maior: o que certamente, é absurdo. Logo, o ser do qual não se pode pensar nada maior existe, sem dúvida, na inteligência e na realidade. (ANSELMO. Proslógio, 2. São Paulo: Nova Cultural, 1988. Coleção Os pensadores.)
Texto 2
Descobrimos que há certa ordem de causas eficientes nos seres sensíveis; não concebemos, porém, nem é possível que uma coisa seja causa eficiente de si própria, pois seria anterior a si mesma, o que não pode ser. Mas é impossível, nas causas eficientes, proceder-se até o infinito [...]. Logo, é necessário admitir uma causa eficiente primeira, à qual todos dão o nome de Deus. (AQUINO, T. Suma Teológica. I, 2, 3. Porto Alegre: EST-Sulina-UCS, 1980.)
A respeito dos textos acima, analise as afirmativas.
I - Santo Anselmo e Santo Tomás utilizam o mesmo tipo de argumento para provar a existência de Deus.
II - Anselmo apresenta um argumento a posteriori para provar a existência de Deus.
III - Tomás apresenta um argumento a posteriori para provar a existência de Deus.
IV - Anselmo parte do próprio conceito de Deus para provar a existência divina.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e IV.
(C) III e IV.
(D) II, apenas.

QUESTÃO 28
Deram-se conta que a razão só compreende o que ela mesma produz segundo seu projeto, que ela teria que ir à frente com princípios dos seus juízos segundo leis constantes e obrigar a natureza a responder às suas perguntas, mas sem se deixar conduzir por ela como se estivesse presa a um laço; do contrário, observações feitas ao acaso, sem um plano previamente projetado, não se interconectariam numa lei necessária, coisa que a razão todavia procura e necessita. (KANT, I. Crítica da Razão Pura, Prefácio da 2ª. ed. São Paulo: Abril, 1979.)
O texto acima é um comentário de Kant (1724-1804) a respeito das experiências levadas a cabo pela ciência moderna nascente, sobretudo com experimentalistas como Galileu, Torricelli e Stahl. Com base nele, pode-se afirmar que a teoria kantiana do conhecimento
(A) pensa que a razão, isolada, é a base de todo conhecimento.
(B) apoia-se inteiramente no conhecimento que tem a experiência como ponto de partida.
(C) funda-se inteiramente no conhecimento que tem a razão como ponto de partida.
(D) desconfia da experiência sem o concurso da razão.

QUESTÃO 29
Ora, a questão de Maquiavel é justamente a de saber se o governante pode agir sempre em conformidade com os princípios cristãos aceitos em seu tempo e esperar atingir seus objetivos, ou se deve aprender a seguir outros caminhos, quando confrontado com situações difíceis. [...]. Posto de uma outra forma, nosso autor quer saber se a ética é suficiente para nos mostrar como agir na política em todas as situações. (BIGNOTTO, N. Maquiavel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.)
Sobre o pensamento político de Maquiavel, é correto afirmar:
(A) O conceito de virtù refere-se ao conjunto de habilidades, sejam quais forem, que o ator político deve ter para conquistar e se manter no poder.
(B) A virtù maquiaveliana confunde-se com o conceito aristotélico de prudência, pois diz respeito a um saber agir conforme a situação.
(C) O príncipe de virtù caracteriza-se por uma conduta inflexível diante das variações da fortuna.
(D) Para o filósofo italiano, o príncipe deve sempre agir contrariamente às virtudes cristãs para se manter no poder.

QUESTÃO 30
O contratualismo clássico é uma das principais vertentes da filosofia política moderna. Noções como estado de natureza, estado civil e pacto social compõem uma sintaxe comum a autores com perspectivas políticas diversas, como Hobbes, Locke e Rousseau. A respeito do contratualismo e seus expoentes, analise as afirmativas.
I - Segundo Hobbes, o soberano, que pode ser um único homem ou um conselho, detém o poder absoluto no estado civil.
II - Para Locke, o pacto social justifica-se pela conservação da vida, da liberdade individual e da propriedade privada.
III - Hobbes e Locke defendem o direito de rebelião contra o poder soberano.
IV - De acordo com Rousseau, a vontade geral se exprime por meio de representantes do povo.
Está correto o que se afirma em
(A) I e III.
(B) I e II.
(C) II e IV.
(D) III e IV.

QUESTÃO 31
A novidade característica dessa ideia de progresso da Razão ou de progresso guiado pela Razão que se difunde ao longo do século XVIII é constituída por uma certeza teórica, ou seja, a da infalibilidade da Razão, articulada a um desígnio prático ou poiético, o de levar a termo as obras da Razão, a começar pela própria sociedade. Portanto, na visão da Ilustração, o progresso implica uma mudança operada pelo homem, segundo fins racionais e medida pelo critério do melhor. (VAZ, H. C. L. Antropologia Filosófica I. São Paulo: Loyola, 2004.)
Considerando o texto acima e as características da Ilustração (Iluminismo), marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) No Iluminismo, a noção de civilização designa tanto um fato (um estágio avançado, verificável e mensurável da história de um grupo humano) quanto um valor (um ideal de progresso da espécie humana).
( ) Com exceção de Rousseau, para os demais pensadores iluministas o progresso científico e cultural implica um avanço moral.
( ) As ideias diretrizes de humanidade, civilização, tolerância e revolução, dentre outras, estruturam a mentalidade da Ilustração.
( ) De um modo geral, as críticas iluministas à religião - como exemplifica Voltaire - recusam a dimensão sobrenatural, mas não defendem o ateísmo.
Assinale a sequência correta.
(A) F, F, V, V
(B) V, F, F, V
(C) V, V, V, F
(D) V, V, V, V

QUESTÃO 32
O que significa a expressão "Deus está morto", no contexto do pensamento de Nietzsche?
(A) Jesus Cristo foi pregado na cruz pelos romanos e não resistiu, vindo a falecer.
(B) Doravante é o pensamento oriental que deve ser levado em consideração.
(C) A religião foi substituída pelo consumo na sociedade moderna.
(D) Os valores metafísicos já não devem mais ser considerados.

QUESTÃO 33
Ao contrário da filosofia alemã, que desce do céu para a terra, aqui é da terra que se sobe ao céu. Em outras palavras, não partimos do que os homens dizem, imaginam e representam, tampouco do que eles são nas palavras, no pensamento, na imaginação e na representação dos outros, para depois se chegar aos homens de carne e osso; mas partimos dos homens em sua atividade real, é a partir de seu processo de vida real que representamos também o desenvolvimento dos reflexos e das repercussões ideológicas desse processo vital. (MARX, K.; ENGELS, F. A Ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1989.)
Considerando o texto acima e as características gerais do materialismo histórico de Marx e Engels, assinale a afirmativa INCORRETA.
(A) O materialismo histórico compreende o ser humano como um ser social, nesse sentido, falar de uma essência humana fora do conjunto de relações sociais é mera abstração.
(B) Marx critica o materialismo de Feuerbach por seu caráter a-histórico, pois este consideraria o ser humano dotado de uma "essência" (sensível) independente de sua pertença a uma forma social determinada.
(C) Para Marx e Engels, o pensamento humano é pré-determinado pelas relações econômicas, sendo, portanto, toda interpretação teórica irrelevante para a transformação social.
(D) O materialismo histórico pretende-se uma teoria e método científico da história articulado a uma prática revolucionária transformadora.

QUESTÃO 34
Nos tempos modernos, a ciência é altamente considerada. Aparentemente há uma crença amplamente aceita de que há algo de especial a respeito da ciência e de seus métodos. A atribuição do termo "científico" a alguma afirmação, linha de raciocínio ou peça de pesquisa é feita de um modo que pretende implicar algum tipo de mérito ou um tipo especial de confiabilidade [...]. Há abundância de provas na vida cotidiana de que a ciência é tida em alta conta, a despeito de um certo desencanto com ela, devido a consequências pelas quais alguns a consideram responsável, tais como bombas de hidrogênio e poluição. Anúncios frequentemente asseguram que um produto específico foi cientificamente comprovado como sendo mais branqueador, mais potente, mais sexualmente atraente ou de alguma maneira preferível aos produtos concorrentes. Assim fazendo, eles esperam insinuar que sua afirmação é particularmente bem fundamentada e talvez esteja além de contestação. Numa veia similar, um recente anúncio de jornal recomendando a Christian Science era intitulado: "A ciência fala e diz que a Bíblia Cristã é comprovadamente verdadeira", e prosseguia nos dizendo que "até os próprios cientistas acreditam nisso atualmente". Aqui temos um apelo direto à autoridade da ciência e dos cientistas. Poderíamos muito bem perguntar. "Qual é a base para tal autoridade?" (CHALMERS, A. F. O que é Ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.)
Diante do texto de Alan Chalmers sobre o poder que a ciência adquiriu, assinale a afirmativa correta.
(A) A ciência conseguiu total unanimidade no que diz respeito em dar respostas aos problemas humanos.
(B) A ciência, de fato, tem dado resposta a muitos problemas humanos.
(C) É certo que há algo no método empregado pela ciência que justifique a crença em seu poder que está hoje disseminado socialmente.
(D) A base para a autoridade da ciência vem do fato de ela ter contribuído para que todos os humanos melhorassem sua condição social.

QUESTÃO 35
Só o Ser deve ser investigado - e nada mais; o Ser isolado e mais - nada; apenas o Ser, e além do Ser, nada. O que dizer desse Nada? [...] Que o nada existe apenas porque o Não, isto é, a Negação, existe? Ou acontece o contrário? A Negação e o Não existem apenas porque o Nada existe? [...] Dizemos: o Nada é anterior ao Não e à Negação. [...] Onde encontramos o Nada? Como encontramos o Nada. [...] Conhecemos o Nada. [...] A angústia revela o Nada. [...] Aquilo por qual e pelo qual estávamos angustiados era "realmente" - nada. De fato: O Nada em si mesmo - como tal - estava presente. [...] O que dizer desse Nada? - O Nada nadifica. (CARNAP, R. A Superação da Metafísica pela Análise Lógica da Linguagem. Cognitio. São Paulo, v.10, nº 2, 2009.)
Considerando o texto acima e a análise de Carnap sobre os enunciados metafísicos, pode-se afirmar que o filósofo
(A) indica que os enunciados metafísicos poderiam sustentar-se logicamente, desde que fossem formulados de modo claro e distinto, ou seja, à maneira cartesiana.
(B) realiza uma demonstração definitiva de que era possível contornar os paradoxos a que chegara a metafísica de seu tempo.
(C) aponta como o desenvolvimento da lógica moderna conduz a impasses incontornáveis.
(D) demonstra que os enunciados metafísicos eram um amontoado de frases sem sentido.

QUESTÃO 36
A filosofia é, possivelmente, o campo de saber mais plurívoco e, portanto, aberto e suscetível de muitos equívocos. Não se pode falar em "filosofia" de forma geral, sem dizer de que filosofia falamos. Da mesma maneira, não se pode falar em "ensinar filosofia" como se se tratasse de algo geral e universal. [...]. Ora, se são múltiplas as filosofias, se são variados os estilos do filosofar, múltiplas e variadas são também as perspectivas do ensinar a filosofia e o filosofar. Assim, quando tratamos do ensino de filosofia é necessário que tomemos uma posição, que nos coloquemos no campo de uma determinada concepção de filosofia. E, fundamental, que deixemos isso claro; que evidenciemos a posição filosófica com base na qual pensamos e ensinamos. (GALLO, S. Metodologia do ensino de filosofia. Campinas: Papirus, 2012.)
Considerando o texto e a concepção de ensino de filosofia do autor, qual é, para Gallo, a especificidade da filosofia e do seu ensino?
(A) A crítica radical.
(B) A criação conceitual.
(C) A atividade reflexiva.
(D) A atitude dialógica.

QUESTÃO 37
Somente quando se nega o mito civilizatório e da inocência da violência moderna, se reconhece a injustiça da práxis sacrificial fora da Europa (e até da própria Europa), e então se pode também superar a limitação essencial da "razão emancipadora". Supera-se a razão emancipadora como "razão libertadora" quando se descobre o "euro centrismo" da razão ilustrada, quando se define a "falácia desenvolvimentista" do processo de modernização hegemônico. Isto é possível, mesmo para a razão da Ilustração, quando eticamente se descobre a dignidade do Outro (da outra cultura, do outro sexo e gênero, etc.); quando se declaram inocentes as vítimas a partir da afirmação de sua Alteridade como Identidade na Exterioridade como pessoas que foram negadas pela Modernidade. Desta maneira, a razão moderna é transcendida (mas não como negação da razão enquanto tal, mas da razão violenta eurocêntrica, desenvolvimentista, hegemônica). Trata-se de uma "Transmodernidade" como projeto mundial de libertação onde a Alteridade, que era coessencial da Modernidade, se realize igualmente. (DUSSEL, E. 1492: o encobrimento do outro. A origem do mito da Modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993.)
Considerando o texto acima e a crítica da Filosofia da Libertação à Modernidade, assinale a afirmativa correta.
(A) A compreensão da Modernidade como fenômeno exclusivamente europeu oculta um elemento constitutivo do processo histórico moderno: a negação da alteridade.
(B) A violência da razão moderna é criticada a partir de uma razão comunicativa que retome e conclua o projeto moderno desde seus fundamentos emancipatórios.
(C) A América Latina, para fugir às consequências negativas da Modernidade, deve guiar-se pela razão Ilustrada, ascendendo assim à maioridade histórico-cultural.
(D) O projeto de Transmodernidade, por envolver uma crítica ao eurocentrismo, postula a recusa como um todo do pensamento europeu.

QUESTÃO 38
A consciência nada tem de substancial, é pura "aparência", no sentido de que só existe na medida que aparece. Mas, precisamente por ser pura aparência, um vazio total (já que o mundo inteiro se encontra fora dela), por essa identidade que nela existe entre aparência e existência, a consciência pode ser considerada o absoluto. (SARTRE, J. P. O Ser e o Nada. Petrópolis: Vozes, 2002.)
Com base no texto de Sartre, assinale a afirmativa correta.
(A) A consciência é um reflexo da realidade exterior.
(B) A consciência é algo substancial no ser humano.
(C) O ser e o aparecer, na consciência, coincidem.
(D) Por ser um absoluto, a consciência produz a realidade.

QUESTÃO 39
A obra Dialética do Esclarecimento, de Adorno e Horkheimer, apresenta algumas das principais ideias desenvolvidas pela chamada Escola de Frankfurt. Sobre as noções e análises presentes nessa obra, assinale a afirmativa INCORRETA.
(A) Demonstra a suspeita do esclarecimento com relação a tudo que não se submeta aos critérios de calculabilidade e utilidade.
(B) Acusa os produtos da indústria cultural de produzirem passividade e distração nas massas, ocultando, assim, a exploração social.
(C) Apresenta uma crítica ao uso instrumental da razão e a defesa do resgate da dimensão comunicativa da racionalidade.
(D) Afirma que a indústria cultural cria a ilusão de acesso das massas às obras de arte.

QUESTÃO 40
Em relação ao Ensino de Filosofia no Ensino Médio, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O ensino de filosofia baseado nos manuais é uma prática pedagógica histórica e recomendável.
( ) A utilização de textos filosóficos nas aulas é considerada fundamental para uma aprendizagem filosófica.
( ) A abordagem histórica da filosofia leva à inibição da capacidade de pensar por si próprio, tal como afirmava Kant.
( ) Atualmente grande parte das propostas didáticas procuram articular o filosofar e o ensino de filosofia.
Assinale a sequência correta.
(A) F, V, F, V
(B) V, F, V, F
(C) F, V, V, V
(D) V, F, F, F

GABARITO:
21B
22A
23A
24D
25B
26A
27C
28D
29A
30B
31D
32D
33C
34B
35D
36B
37A
38C
39C
40A
     

 
 
Como referenciar: "Provas - IF/MT - 2015" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 16/04/2024 às 12:00. Disponível na Internet em http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=205