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Histórias filosóficas
(09/Set) | POSFÁCIO CADERNO J | |||
Ultimamente venho exercendo a atividade clínica em muitas cidades, venho atendendo a dezenas e centenas de pessoas, e a cada momento me tenho diante de tudo o que pesquiso com meus alunos e colegas. Os resultados do trabalho que está sendo realizado são os parâmetros seguros para o desenvolvimento e à complementação de tantas pesquisas práticas.
Neste momento, a Filosofia Clínica se tornou o maior movimento já realizado na Filosofia acadêmica na história deste país. O Instituto Packter, sediado em Porto Alegre, começa a se tornar rapidamente pequeno diante do crescimento da Filosofia Clínica. As Associações Regionais de Filosofia Clínica começam a aparecer velozmente e assim ameniza-se a tarefa dos filósofos gaúchos. Como tenho exercido a clínica gratuitamente nos últimos anos, além de nada cobrar pelo uso dos Cadernos, pelo nome da Filosofia Clínica ( o Instituto não recebe um único centavo de qualquer filósofo clínico; o que cada filósofo produz é somente dele), peço com insistência aos filósofos que me acompanham, em contrapartida, ética e carinho para com seu próximo, seja o próximo uma árvore, um animal, um ser humano, uma pedra ou simplesmente o vento nas folhas durante o outono. Provavelmente todos os que trabalham comigo têm conhecimento da verdade dessas palavras. Peço aos filósofos clínicos que retribuam fazendo pelos outros um pouco daquilo que eles tão generosamente receberam. Os filósofos clínicos crescem e são mais numerosos a cada dia. Acho fundamental deixar a Filosofia Clínica aberta a novas concepções, à dialética, ao desenvolvimento. Na minha opinião devemos rever nossos postulados, acrescentar e diminuir outros conceitos, trabalhar continuamente as questões que vão surgindo. Que seja essa uma de nossas rotinas. As vozes dissonantes precisam ser ouvidas e consideradas, as idéias de conciliação e de revolta, todas as novas propostas apaixonadas precisam ter um lugar de luz ao sol. Assim evitamos o perigo de engessarmos nossos trabalhos. Meu Instituto deu uma importante contribuição como começo de caminhada. A começar de agora, o Instituto Packter devagar retorna à vocação de formação de filósofos clínicos, às consultas, à pesquisa. Aos poucos, todas as demais atividades estão sendo endereçadas aos centros de Filosofia Clínica que surgem pelo país. Porto Alegre ficará em breve apenas como referencial. Agregará um grupo de filósofos clínicos muito bem preparados que darão suporte aos inúmeros centros. Tendo servido de trampolim à Filosofia Clínica, o Instituto Packter retorna ao tamanho que lhe é cabido. O que unirá todos os centros e filósofos clínicos será um Código de Ética, exercido por um Conselho de Ética, a Comissão de Implantação de Curso e um grupo de conselheiros do Instituto Packter. Minha tarefa de semeador de uma boa nova vai concluindo o ciclo. Pretendo seguir acompanhando os filósofos clínicos com amor e com tudo o que conheço, como um farol aceso, quando for preciso, e como um farol distante, quando for preciso. Lúcio Packter |
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Como referenciar: "POSFÁCIO CADERNO J - Histórias filosóficas" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 28/03/2024 às 16:18. Disponível na Internet em http://www.filosofia.com.br/vi_historia.php?id=72