Nesta leitura de Schopenhauer, Vilmar Debona busca a possibilidade de uma “formação” nas brechas deixadas por esse pessimista honesto. Essa “formação” – que não é, por certo, ausência de sofrimento – mira a possibilidade de compartilhar a vida sofrida, tal como é, com outros seres sofredores, tornando-a menos hostil e mais justa. Se nascemos, e se não morremos jovens, é preciso encarar a vida, enfrentando-a com seus sofrimentos. Nenhuma denegação, apenas uma coragem, por assim dizer heroica, desponta na “pequena ética” e no “pessimismo pragmático” nomeados por Debona. De derrota em derrota até a vitória, mesmo que esta nunca aconteça! Esta interpretação dá vida nova à filosofia de Schopenhauer, pondo ao lado da corrente idealista de que faz parte a contracorrente realista, que permite ao sujeito volitivo a sua inserção no mundo. (Por Maria Lúcia Cacciola)
Sobre o Autor
Vilmar Debona é professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC. Cofundador e editor da Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, membro associado da Schopenhauer-Gesellschaft (Frankfurt) e de sua Seção brasileira. É autor de livros e artigos sobre a filosofia schopenhaueriana e suas recepções na contemporaneidade. Pesquisa temas de Ética, Filosofia Social e interseções entre Filosofia e Literatura.
Data de edição: 28/05/2020
ISBN:3.0001.00.15.672 |
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