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Frase de um leitor

Eu me arriscaria a dizer que a pior de todas as decisões é procurar fora o que de fato está dentro de cada um de nós. Muito bem. Mas o que é que eu tenho dentro de mim que difere tanto daquilo que o outro tem dentro dele? O que tenho são os sonhos, os desejos, assim como as decepções, as frustrações, o vazio, as tristezas, as emoções... Cada um, em particular, vai sentir as coisas a seu modo. O resto é mero adjetivo... Não há uma receita pronta para isso.
Ercílio Facanali - Campinas

Quando Heidegger diz que ao existirmos somos obrigados a erguer uma essência, deixa implícita a idéia de que quando nos deparamos com a existência, - a minha, a tua, a do mundo, a das coisas... - somos levados, por nós mesmos, pela própria consciência, a buscar sentido para o simples fato de existirmos. Se somos lançados num mundo ainda e para sempre “estranho”, estamos naturalmente passíveis de erguermos uma estrutura de pensamento, que não é mais que um esboço daquilo que somos – ou estamos sendo... Nós simplesmente existimos, nos debruçamos sobre nós mesmos, mergulhamos, conscientes, naquilo que chamamos existência e podemos, assim, assumir caminhos, buscas e sentidos para sermos.
Mariana Flores - Rio de Janeiro

O século XX concebeu uma nova forma de ver o homem e o mundo, onde um não se entende sem o outro. Nem realismo, nem idealismo, desejou-se chegar a uma nova forma de pensar a realidade. José Ortega y Gasset (1883-1955) contribuiu para pensar em como superar os impasses a que nos levaram o realismo e o idealismo. A trajetória sugerida por Ortega é importante não só porque nos oferece uma nova interpretação do passado de nossa cultura, mas porque nos fornece um instrumento para pensar os problemas de nosso próprio tempo. Nesta comunicação iremos examinar o que Ortega denomina de realidade radical e mostrar como estas idéias nos ajudam a entender melhor mundo em que vivemos.
José Maurício de Carvalho - São João Del Rei

Qual é o pensamento verdadeiro, objetivo e transparente que norteia quem governa sobre nós? O que teve tudo para ser verdadeiramente objetivo puramente humano, tornou-se objetivismo. O jogo de palavras e idéias confundem entre si e nos confundem também. Para onde vamos, com toda esta miscelânea? Os valores e princípios éticos que norteiam de fato uma boa educação sem vícios, sem interesses classistas, mas que defenda o bem, a dignidade, a liberdade do ser humano.
José Geraldo Pereira da Mota

Sei que se torna quase impossível falar do silêncio, pois é do próprio silenciar que surgem as palavras. O silêncio não é mudez, nem verbalização que se cala. Nosso eu superficial precisa calar e se acalmar sem a ansiedade do ter que fazer e dominar. Silenciar não é fugir da vida, pelo contrário, é fluir na plenitude da vida. Silenciar é mergulhar na existência a fim de colher da vida tudo que ela nos oferece de sublime. Silenciar é comungar com tudo e todos. Silenciar é graça e beleza gratuita.
Rosangela Rossi - Juiz de Fora

Atualizar-se é um retroceder ao futuro onde se descobrem caminhos e possibilidades, que embora sempre presentes, se apagaram na tentativa de ser e se esqueceram.
Fernanda Moura - São Paulo

A primeira necessidade que Schopenhauer aponta para compreendermos a noção de representação justifica-se em entender a reciprocidade existente entre sujeito e objeto no conhecimento de si mesmo e do mundo. De acordo com sua teoria do conhecimento, não existe somente um sujeito que antecede o conhecer do objeto, nem tão pouco um objeto que se faz reconhecer pelo sujeito. Há na verdade uma co-relação entre sujeito e objeto na consciência que, por sua vez torna-se consciência representativa do mundo.
Rozinaldo Duarte - Salvador

Com a sociedade de consumo vivemos uma nova situação histórica: o período da velhice tornou-se mais longo que o período da infância. O termo "terceira idade" convencionou-se ser de boa utilização a partir da idade da reforma, abarcando a velhice da idade adulta, separando a segunda da terceira idade. Acontece que o aumento da esperança de vida leva hoje a falar na quarta idade, caracterizada por uma perda de autonomia física intelectual e com menos qualidade de vida.
Geneci Bett - Manaus

Hoje em dia com o ritmo do tempo da sociedade capitalista tecnológica, muitas pessoas acreditam que a resolução de seus nós existenciais devem corresponder ao ritmo desse caminhar.
Marta Claus - Uberlândia

Em sua passagem pela Grécia e pela influência de filósofos árabes e de muitos outros na idade média a astrologia se firma e estrutura, e vai se construindo caca vez mais como estudo científico, ou melhor, com modos de estudo, estrutura, experimentação, análises, aplicação. Vários filósofos trabalharam sobre ela ou propiciaram um acréscimo de uma fundamentação filosófica para que os estudiosos da astrologia pudessem de maneira cada vez mais sustentada, estabelecer seus critérios. Entre outros filósofos estão: Plotino, Platão, Jacob Boheme e Bachelard
Sérgio Palheiros - São João Del Rei (MG)

Antonin Artaud e as inquietudes de dialeto impróprio: “Tenho por princípio que as palavras não pretendem dizer tudo e que por natureza e por causa de seu caráter determinado, fixado de uma vez para sempre, elas detêm e paralisam o pensamento em vez de permitir e favorecer seu desenvolvimento”. Ao ser previsível das circunstâncias a pós-modernidade oferece um desdizer em irrepetíveis arquétipos. Os desatinos de violação e ruptura dos códigos da modernidade propõe, em uma dialética inadequada e indizível, transformações de caráter polissêmico e de perspectiva inacabada.
Hélio Strassburger - Tiradentes (MG)

O “Pós-modernismo” questiona a eficiência da ciência moderna, considera que ela é incapaz de resolver todos os problemas humanos. Da mesma forma, a Filosofia Clínica considera que as terapias clássicas são insuficientes para resolver as angústias existenciais do homem e, portanto, se apresenta como uma alternativa, uma vez que leva em consideração não a objetividade, mas a subjetividade.
Nara Rela - São João Del Rei (MG)

O Outro, tido como louco, é um livro vivo e mágico que se abre por sua própria conta. É um livro onde as letras são invisíveis e falam por si mesmas. Não podemos abri-lo nem lê-lo por nossa vontade, pois sua história só acontece quando ele confia e se abre. Então é preciso que este Outro diferente não se sinta ameaçado por críticas, rótulos, segregações, entre outras coisas, para que aos poucos ele saia do fundo do lago e permita que se entre em seu mundo. Quando isso acontece, é como se pudéssemos caminhar sobre as águas. É um momento mágico, o momento da interseção.
Elise Nogueira - Juiz de Fora

Ninguém sai ileso de nenhum relacionamento humano, seja ele familiar, amoroso, profissional, e cada pessoa possui uma forma singular de ser e de enfrentar cada situação. Isso implica que a minha forma de me posicionar frente às coisas é apenas uma das muitas formas possíveis e que nem sempre ela pode ser tomada como modelo para quem quer que seja.
Everton Corso - Três Palmeiras (RS)

A história da humanidade é permeada por um processo de evolução na visão de mundo em todas as culturas e épocas; porque se trata de elementos sócio-culturais instáveis, devido as constantes evoluções que ocorrem e, estas, são extremamente necessárias para atualizar o mundo da informação e do conhecimento, que inferem diretamente na prática humana em relação à natureza e nas tradições culturais como um todo de nossa realidade circundante. Coexistimos com tudo isso e recebemos suas interferências.
Tibério Araújo - Sousas (PB)

   
Como referenciar: "Frase filosófica de um leitor" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 19/04/2024 às 09:32. Disponível na Internet em http://www.filosofia.com.br/frase.php?pg=3